terça-feira, 9 de dezembro de 2014

O Palmeiras jogou futebol de time rebaixado, mas quatro times foram ainda pior que ele



O Palmeiras no período de Dorival Júnior, executou o 4-3-1-2, com um volante central, um saindo pela direita e o outro pela esquerda, com um meia-armador/enganche. Além de um centroavante (Henrique) e um atacante pelos flancos que ficou entre Diogo, Cristaldo, Mouche e Mazinho. Não dar para falar de todos os jogadores, pois era incrível como Dorival mudou os jogadores durante o período no comando. No total a temporada do Palmeiras se resume assim: Escolhas erradas de jogadores e de treinadores. Além da falta de planejamento a médio e longo prazo da diretoria que fez mais de 35 contratações e poucos foram utilizados na "decisão", e acabou apostando durante o campeonato em garotos das categorias de base: João Pedro, Victor Luis, Gabriel Dias, Nathan e Renato que jogaram na partida de ontem - com alguns de qualidade. Em alguns jogos, executou o 4-3-2-1, como contra o São Paulo no Morumbi.

O Palmeiras entrou no 4-2-3-1, com Gabriel Dias e Renato como volantes. Sem saída de qualidade, teve dificuldade com a transição defesa-ataque muito lenta. Com o machucado Valdivia alternando entre o centro e a direita com Wesley que jogou como Meia-central e Mazinho pela esquerda na linha de três do 4-2-3-1. Que tinha Henrique como centroavante, o artilheiro do Palmeiras, mas que perdeu vários gols durante o campeonato. A principal jogada do Palmeiras era pela direita com João Pedro, Valdivia, Renato e aproximação de Wesley. O Alviverde executou a marcação em bloco médio.

O Atlético-PR entrou no habitual 4-2-3-1, diferente do Palmeiras com velocidade na transição defesa-ataque. Com Otávio, o volante mais recuado veio buscar o jogo entre os zagueiros. Além de Paulinho Dias que teve boa qualidade na transição, e executou uma boa marcação. Mesmo com o goleiro Weverton abusando de lançamentos foram 26(8 certos) em toda a partida. Na linha de três: Douglas Coutinho pela direita e Marcos Guilherme pela esquerda como wingers, e o jovem Nathan como meia-armador. Mais a frente Dellatorre com mobilidade e saindo para os flancos, principalmente o esquerdo, pois Lúcio perdia praticamente todos os lances. O Furacão executou a marcação em bloco médio-baixo, fechando com duas linhas de quatro, com os wingers Douglas Coutinho e Marcos Guilherme, marcando os avanços dos laterais adversários e deixando Nathan e Dellatorre mais a frente no 4-4-2/4-4-1-1, dependendo do posicionamento de Nathan.




Início de partida: Atlético-PR no 4-2-3-1, marcando com duas linhas de quatro no 4-4-2/4-4-1-1, em bloco médio. Já o Palmeiras no 4-2-3-1, com muita movimentação e pouca penetração e armação. Obs: lados iniciais da partida



O Atlético-PR começou melhor, deixando os zagueiros do Palmeiras com a liberdade, pois eles não tem a qualidade de passe. O Furacão teve uma grande oportunidade, Dellatorre fez uma boa jogada pela esquerda e chutou para grande defesa de Fernando Prass, no rebote, a bola sobrou para Nathan que chutou e Gabriel Dias salvou na linha. Não adiantou, em escanteio, Ricardo subiu livre e cabeceou para fazer 1 a 0 para o Furacão no Allianz Parque.

O Palmeiras tinha Valdivia buscando o jogo, mesmo sem condição física. O chileno foi o jogador que mais acertou passes na partida (49) e que mais errou (14), além de ser o jogador que mais sofreu faltas (4). Estatísticas, para mostrar que ele foi guerreiro durante toda a partida, e é essencial para uma equipe muito fraca, que não pode depender apenas do chileno e fazer contratações para todas as posições do time. O volante Gabriel Dias penetrou na área e chutou para o gol, a bola foi na mão do zagueiro Dráusio - que estava com o braço aberto, e o árbitro marcou um pênalti polêmico. O centroavante Henrique, bateu bem e empatou a partida, fazendo o primeiro gol oficial do Palmeiras no Allianz Parque. O goleiro Weverton não pulou na bola - mais não acho que tenha sido por mala branca. 

O goleiro Fernando Prass salvou o Palmeiras em dois lances. No primeiro, Nathan fez boa jogada pela direita e Prass cortou o cruzamento. No segundo, novamente Nathan que  driblou Lúcio e chutou para uma grande defesa de Fernando Prass. 




No flagrante tático, mostra um pouco do 4-2-3-1 do Palmeiras, com Valdivia com a bola no círculo central, Wesley  no meio e Mazinho pela esquerda. Com a falta de transição defesa-ataque do Palmeiras - Valdivia buscou muito o jogo entre os volantes. Renato o volante que jogou mais pela direita, abriu para receber a bola. Nesse lance, a defesa do furacão estava desorganizada. Marcos Guilherme estava marcando o avanço do lateral-direito João Pedro, deixando o espaço vazio para Renato. Esse era o principal erro de balanceamento defensivo do furacão na partida. Reprodução: SporTV


No flagrante acima, o balanceamento defensivo do furacão está correto,  Douglas Coutinho fechando pela direita e Marcos Guilherme pela esquerda, com Paulinho Dias e Otávio no centro da segunda linha de quatro. Apenas Dellatorre e Nathan mais a frente. Palmeiras sem qualidade técnica para armar e penetrar, fez o gol em cobrança de pênalti.  Reprodução: SporTV

O Palmeiras com maior posse de bola no primeiro tempo (61,3%), mas finalizou apenas quatro vezes no alvo contra seis do Atlético-PR. O Palmeiras executou nove viradas de jogo para tentar penetrar na compactação curta do Atlético-PR, sem muito sucesso.

Na volta para o segundo tempo, o alviverde voltou adiantando suas linhas de marcação. Em boa jogada de João Pedro, Mazinho chutou para fora. Dorival tentou mudar algo, tirou Wesley, que saiu muito vaiado pela torcida e entrou Cristaldo. Com isso passou a jogar no 4-4-2, Valdivia passou a jogar centralizado e Mazinho pela esquerda. Deixando o corredor direito para a infiltração do lateral-direito João Pedro. Também pela direita, o Atlético-PR levou muito perigo como no primeiro tempo. Mesmo sem Sueliton que é o lateral-direito mais ofensivo e não jogou. Mário Sérgio que não é muito ofensivo. Mas com um time aberto como o do Palmeiras até ele atacou. Ele fez uma linda jogada e deixou Lúcio no chão, mas chutou para fora. O zagueiro Nathan saiu machucado para entrada de Victorino. Que situação do Palmeiras. Valdivia enfiou uma linda bola para Cristaldo que não teve a mesma categoria e chutou em cima de Weverton. Dorival Júnior tirou o esforçado Mazinho para entrada de Pablo Mouche. Passando a jogar no 4-3-3, com marcação em bloco médio-alto. Mouche pela esquerda, Henrique como centroavante e Cristaldo pela direita no ataque. Com Valdivia armando as jogadas.

O treinador Claudinei Oliveira foi inteligente, tirou Nathan que caiu de rendimento no segundo tempo, como todo o setor ofensivo para entrada do volante Matteus com isso terminou fechado no 4-5-1, marcando em bloco médio-baixo. Douglas Coutinho pela direita e Marcos Guilherme fechando os flancos na linha de cinco a frente da defesa. Que ainda tinha Paulinho Dias, Matteus e Otávio por dentro. Com Dellatorre mais a frente. O último citado que saiu para entrada de Pedro Paulo, que entrou para fazer a função de Douglas Coutinho. Enquanto que Douglas Coutinho passou a ficar mais a frente para a puxada de contragolpes.



O Palmeiras no 4-3-3, com Valdivia esgotado. O Atlético-PR bem postado em campo, encurtando e ocupando os espaços no 4-5-1. Douglas Coutinho puxando os contra-ataques. Com a marcação encaixada do Atlético, Palmeiras pouco criou e quando armou (com Valdivia), Cristaldo perdeu o gol. Reprodução: SporTV


Formação após todas as substituições: O Palmeiras atacando no 4-3-3, sem armação, penetração e profundidade dos laterais. Já o Furacão marcando em bloco médio-baixo no 4-5-1, fechando os corredores dos laterais e saindo para os contra-ataques.

Depois das substituições, o jogo ficou nervoso e com pouca técnica de ambas equipes. Como falei no início da análise o time do Atlético-PR abusou dos lançamentos foram 58 na partida (20 certos). Com o goleiro Weverton que lançou 28 vezes (8 certos) em toda a partida. O Palmeiras com 58,7% de posse de bola, dentro da proposta executada por Claudinei, com o Atlético-PR abdicando da posse e explorando a velocidade no contragolpe. O Atlético-PR finalizou 12 vezes (6 certas) e o Palmeiras finalizou 19 vezes (5 certas). 

O Palmeiras que foi a pior defesa do campeonato com 59 gols sofridos e um ataque que fez apenas 34 gols Palmeiras, terminando o campeonato com -25 de saldo de gols. Precisa de uma reformulação em todo o elenco. Caso Valdivia permaneça, o Palmeiras não pode ficar dependente dele. Precisa de jogadores experientes e com qualidade em todos os setores. Com a provável chegada do atual diretor de futebol do Cruzeiro, Alexandre Mattos, onde fez um bom trabalho e foi bicampeão brasileiro. Na noite de segunda-feira, foi anunciada a saída do treinador Dorival Júnior, do diretor-executivo José Carlos Brunoro e do gerente de futebol Omar Feitosa. Uma boa notícia para os palmeirenses.

Futebol Nordestino na Série A:

Para os times Baianos, mesmo com um dinheiro um pouco maior no caixa esse ano, fizeram um péssimo ano. O Bahia por exemplo com a venda de Talisca para o Benfica, sentiu a falta principalmente de um meia-atacante e um meia-armador no elenco. Não fez boas contratações e perdeu jogos em casa, com estádio cheio. Saiu Ney Franco e voltou Ney Franco, mas nada de futebol no fraco time do Vitória. 

Com isso o único time do Norte/Nordeste vai ser o Sport, que fez uma boa aposta em Eduardo Baptista, e conquistou o Campeonato Pernambucano, foi Campeão da Copa do Nordeste e terminou na décima primeira colocação do Campeonato Brasileiro com 52 pontos e 14 pontos a mais do último clube que acabou rebaixado que foi o Vitória com 38 pontos. Um grande planejamento da diretoria do Sport, que mesmo com pressão da torcida pela demissão do treinador, em alguns momentos por conta de fracas atuações, e não o demitiu. Agora tem que manter o planejamento e fazer contratações pontuais para a próxima temporada. 




Por: José Victor 
Twitter: @josevitor83














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